A Importância da Psicopedagogia para a Educação

04/10/2014 18:26
A IMPORTÂNCIA DA PSICOPEDAGOGIA PAPA A EDUCAÇÃO
Por Gleide Moreira Teixeira Guimarães
Curitiba – 2008
1 Introdução
A psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem humana, sendo o seu obejeto de estudo o ser em processo de construção do conhecimento, visando identificar a complexidade inerente ao que produz o saber e o não saber. No Brasil, surgiu devido ao grande número de crianças com fracasso escolar e de a psicologia e a pedagogia, isoladamente, não darem conta de resolver tais fracassos. Diante do baixo desempenho acadêmico, as escolas estão cada vez mais preocupadas com os alunos que têm dificuldades de aprendizagem, não sabem mais o que fazer com as crianças que não aprendem de acordo com o processo considerado normal e não possuem uma política de intervenção capaz de contribuir para a superação dos problemas de aprendizagem e À situação de sala de aula, possibilitando o respeito às suas singularidades. E tem como meta refletir e desenvolver projetos pedagógico-educacionais, enriquecendo os procedimentos em sala de aula, as avaliações e planejamentos na educação sistemática e assistemática.
A psicopedagogia tem como objetivo reintegrar e readaptar o aluno que apresenta problemas de aprendizagem ao processo de construção de conhecimento. Neste sentido, um trabalho psicopedagógico pode contribuir muito, auxiliando educadores a aprofundarem seus conhecimentos sobre as teorias do ensino-aprendizagem e as recentes contribuições de diversas áreas do conhecimento, redefinindo-as e sintetizando-as numa ação educativa. Esse trabalho permite que o educador se olhe como aprendente e como ensinante.
O psicopedagogo na instituição escolar provoca diversas reações, sua presença não é indiferente, pois se projetam diversas fantasias. Alguns docentes o percebem como a pessoa que pode colaborar no dia a dia; para outros, é uma exigência a mais da escola; outros o veem como uma pessoa que vem julgar a tarefa docente. O nível de consulta que lhe façam dependerá de como é visto. Para que um psicopedagogo possa realizar um bom trabalho é necessário que ele
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conquiste um espaço dentro da escola, o que nem sempre é fácil, pois a maioria das escolas acha que um orientador educacional já é suficiente para resolver todos os problemas.
Mesmo que a escola passe a se preocupar com os problemas de aprendizagem, nunca conseguirá abarcá-los na sua totalidade, algumas crianças com problemas escolares apresentam um padrão de comportamento mais comprometido e necessitam de um atendimento psicopedagógico mais especializado em clínicas. Sendo assim, surge a necessidade de diferentes modalidades de atuação psicopedagógica: uma mais preventiva com o objetivo de estar atenuando ou evitando os problemas de aprendizagem dentro da escola; outra clínico-terapêutica, onde seriam encaminhadas apenas crianças com maiores comprometimentos, que não pudessem ser resolvidos na escola.
2 A história da psicopedagogia no Brasil e suas especificações.
A formação do psicopedagogo foi regulamentada na década de 70, no Brasil, pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) em cursos de pós-graduação e especialização em Psicopedagogia Clínica e Institucional, que pode ser a escolar, a hospitalar e a empresarial. Esses cursos devem atender às exigências do Conselho Federal de Educação quanto à carga horária mínima, critérios de avaliação, corpo docente e outras, expedido por instituições devidamente autorizadas ou credenciadas nos termos da lei vigente – Resolução 12/83, de 06/10/83 – que forma os especialistas, no caso os, então chamados, “especialistas em psicopedagogia” ou psicopedagogos. Para a estrutura curricular não há normas e critérios o que leva a uma grande diversidade na formação.
Para atuar o psicopedagogo deverá ser associado à ABPp – Associação Brasileira de Psicopedagogia. A ABPp iniciou com um grupo de estudos formado por profissionais preocupados com os problemas de aprendizagem, sendo que, atualmente, também busca o reconhecimento da profissão. O projeto de reconhecimento desse profissional - Projeto de Lei 3124/97, é do Deputado Federal Barbosa Neto. A entrada do Projeto de Lei foi formalizada em 14 de maio de 1997. Em 24 de junho desse mesmo ano, a ABPp assumiu, em visita à
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Câmara, o reiterar do projeto junto às lideranças políticas do país, do que resultou a sua aprovação no dia 03 de setembro de 199 pela Comissão de Trabalho Administração e Serviço Público. Vencida a primeira das muitas etapas. O exercício da atividade de psicopedagogia está prestes a ser regulamentado no país. O Senado Federal aprovou um projeto de lei para isso. Agora, para sua efetivação só falta à votação de alguns destaques já acordados na Câmara dos deputados, onde o PL também já passou por duas votações, e a posterior sanção pela presidente Dilma Rousseff. A psicopedagogia já é praticada no país há 35 anos. Como já citado, seu surgimento se deu pela identificação, observação e avaliação das necessidades, principalmente de crianças que apesar de nem sempre apresentarem impedimento e ordem orgânica, não conseguiam aprender. A atuação do psicopedagogo não invade as áreas de atuação de outros profissionais, mas trabalha em conjunto com eles. Na sua rotina profissional, o psicopedagogo deve assegurar a produção e divulgação do conhecimento científico e tecnológico relacionado com a aprendizagem, os compromissos éticos, educação de boa qualidade para todos e a articulação com os demais profissionais da educação e da saúde para a construção de uma sociedade justa, respeitando a equidade e a diversidade, onde todos tenham o direito de se desenvolver adequadamente. A atividade já é regulamentada em vários países. No Brasil já há diversos cursos de graduação constituídos ou em andamento, e inúmeros e variados de pós-graduação em nível de especialização, o que tende a aumentar com a nova lei da regulamentação. Nas instituições particulares, a presença do psicopedagogo já é realidade há tempos. A boa nova é que ele também começa a chegar ao setor público, a partir da Lei federal 557 de quatro de dezembro 2013, que estabelece a obrigatoriedade do psicopedagogo e do psicólogo na equipe de especialistas das escolas municipais e estaduais. O psicopedagogo vem ganhando cada vez mais espaço. Essa decisão, na linha da regulamentação da atividade agora aprovada no Senado, reflete sua importância no ambiente escolar. “Trata-se, pois, de uma grande notícia para todos
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que almejam a melhoria da qualidade educacional em nosso país.”, Luciana Barros de Almeida Presidente Nacional da ABPp. No momento, a profissão de psicopedagogo, tendo em vista o trabalho de outras gestões da ABPp (Associação Brasileira de Psicopedagogia) e dessa última, tem amparo legal no Código Brasileiro de Ocupação. Isto que dizer que existe a ocupação de Psicopedagogo, porém, isso não é suficiente. Faz-se necessário que esta profissão seja regulamentada.
3 O psicopedagogo na instituição escolar
O psicopedagogo no âmbito escolar tem a função de observar e avaliar qual a verdadeira necessidade da escola e atender aos seus anseios, bem como verificar, junto ao Projeto Político-Pedagógico, como a escola conduz o processo ensino-aprendizagem, como garante o sucesso de seus alunos e como a família exerce o seu papel de parceira nesse processo. Atualmente, o trabalho do psicopedagogo vem ganhando espaço nessas instituições de ensino procurando criar competências e habilidades para solução dos problemas de aprendizagem escolar.
Por isso é necessário que o psicopedagogo faça uma análise sobre a programação da escola para poder subsidiar sua atuação. O mecanismo administrativo de uma escola é representado pelo seu organograma, desta forma, o psicopedagogo poderá iniciar seu diagnóstico escolar pela análise do mesmo, ou seja, estudando as suas relações e fazendo suas conexões com as outras áreas da programação. Em outras palavras, fazendo uma análise se cada profissional da escola está desempenhando adequadamente a sua função e o que poderia ser melhorado.
No caso dos problemas já instalados é tarefa do psicopedagogo escolar tentar resolvê-los dentro da escola antes de encaminhamento para a clínica. O encaminhamento para a clínica deve sempre ser feito com muito critério, sempre levando em conta as necessidades especificas daquele aluno. Para um encaminhamento adequado é necessário que o profissional conheça muito bem, não só o aluno, como também a instituição que ele frequenta.
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A conquista do espaço psicopedagógico dentro da escola se dá na forma como este profissional apresenta seu trabalho, demonstrando amplos conhecimentos, não só do aluno que aprende, como também dos processos didáticos metodológicos e da dinâmica institucional. Para uma atuação institucional, deve ser considerado como ambiente educacional a escola como um todo, desde o aluno que aprende, o professor que ensina, o diretor que organiza, até a merendeira que é responsável pela alimentação. Além disso, deve ser considerada a família, responsável pelo aluno e outros membros da comunidade que decidem sobre as necessidades e prioridades da escola.
Como profissional qualificado, está apto a trabalhar na área da educação com o aluno e seu processo de aprendizagem em parceria com a equipe multidisciplinar da instituição, dando assistência aos professores e aos demais profissionais para melhoria das condições do processo ensino-aprendizagem, bem como para prevenção desses problemas e fazê-los repensar o papel da escola frente a essas dificuldades.
O psicopedagogo na instituição escolar, juntamente com toda a equipe, mobiliza a construção de um espaço adequado às condições de aprendizagem de forma a evitar comprometimentos, elegendo uma metodologia e/ou a forma de intervenção com o objetivo de facilitar e/ou desobstruir tal processo. Neste sentido, um trabalho psicopedagógico pode contribuir muito, auxiliando educadores a aprofundarem seus conhecimentos sobre as teorias do ensino-aprendizagem e as recentes contribuições de diversas áreas do conhecimento, redefinindo-as e sintetizando-as numa ação educativa. Esse trabalho permite que o educador se olhe como aprendente e como ensinante. Para tanto se destacam várias formas de intervenção:
 Releitura e reelaboração no desenvolvimento das programações curriculares, centrando a atenção na articulação dos aspectos afetivo-cognitivos, conforme o desenvolvimento integrado do sujeito;
 Análise detalhada dos conceitos, desenvolvendo atividades que ampliem as diferentes formas de trabalhar o conteúdo programático, promovendo, para tanto, treinamentos e desenvolvimento de projetos junto aos professores;
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 Criação de materiais, textos e livros para uso do aluno, desenvolvendo o seu raciocínio, construindo criativamente o conhecimento, integrando afeto e cognição no diálogo com as informações.
Neste contexto, o psicopedagogo institucional está apto a trabalhar na área da educação dando assistência aos professores e a outros profissionais da instituição escolar para melhoria das condições do processo ensino-aprendizagem, bem como para prevenção dos problemas de aprendizagem, realizando atendimentos psicopedagógicos individualizados, contribuindo para a compreensão de problemas na sala de aula, permitindo ao professor ver alternativas de ação e ver como as demais técnicas podem intervir; bem como participando do diagnóstico dos distúrbios de aprendizagem e do atendimento a um pequeno grupo de alunos. Além dessas funções, o psicopedagogo, segundo a modalidade e os requisitos de cada instituição, exerce tarefas diversas como:
 A capacitação do pessoal docente;
 O diagnóstico das crianças consideradas problemáticas para o professor, seja quanto à aprendizagem ou quanto ao funcionamento social;
 A atenção às famílias que consultam frente a situações pontuais ou que são encaminhadas pelo pessoal da escola;
 A orientação de problemas de dinâmica grupal a pedido do professor ou detectadas pelo psicopedagogo;
 O assessoramento a diretores e docentes.
Essa ação jamais pode ser isolada, mas integrada à ação da equipe escolar, buscando vivenciar a escola, não só como espaço de aprendizagem de conteúdos educacionais, mas de convívio, de cultura, de valores, de pesquisa e experimentação, que possibilitem a flexibilização de atividades docentes e discentes, objetivando fortalecer-lhe a identidade, bem como buscar o resgate das raízes dessa instituição, ao mesmo tempo em que procura sintonizá-la com a realidade que está sendo vivenciada no momento histórico atual, adequando essa escola às reais demandas da sociedade.
Ao psicopedagogo cabe avaliar o aluno e identificar os problemas de aprendizagem, buscando conhecê-lo em seus potenciais construtivos e em suas
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dificuldades, encaminhando-o, por meio de um relatório, quando necessário, para outros profissionais – psicólogo, fonoaudiólogo, neurologista, etc., para realizar diagnóstico especializado e exames complementares com o intuito de favorecer o desenvolvimento da potencialização humana no processo de aquisição do saber.
O psicopedagogo também se encontra preparado para ajudar os educadores em atendimentos pedagógicos individualizados, contribuindo para a compreensão de problemas na sala de aula; possibilitando ao professor ver alternativas de ação e como as demais técnicas podem intervir, bem como participando do diagnóstico dos distúrbios de aprendizagem e do atendimento a um pequeno grupo de alunos.
A intervenção do psicopedagogo no âmbito escolar se dá junto aos professores, num processo de parceria; em reuniões de pais, esclarecendo o desenvolvimento dos filhos; em conselhos de classe, avaliando o processo metodológico; na escola como um todo, acompanhando a relação professor e aluno, aluno e aluno, aluno que vem de outra escola, sugerindo atividades, buscando estratégias e apoio, possibilitando-lhe uma aprendizagem muito importante e enriquecedora.
... cabe ao psicopedagogo perceber eventuais perturbações no processo aprendizagem, participar da dinâmica da comunidade educativa, favorecendo a integração, promovendo orientações metodológicas de acordo com as características e particularidades dos indivíduos do grupo, realizando processos de orientação. Já que no caráter assistencial, o psicopedagogo participa de equipes responsáveis pela elaboração de planos e projetos no contexto teórico/prático das políticas educacionais, fazendo co que os professores, diretores e coordenadores possam repensar o papel da escola frente a sua docência e Às necessidades individuais de aprendizagem da criança ou da própria ensinagem. Bossa (1994, p.23).
O psicopedagogo institucional tem que ser mediador, provocador de reflexões, estimulador de desafios, propiciador e engenheiro da ponte.
4 A intervenção do psicopedagogo junto à família
O primeiro vínculo da criança é a família que é responsável por grande parte da sua educação e da sua aprendizagem. O conhecimento e o aprendizado não são adquiridos somente na escola, mas também são constituídos pela criança em
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contato com o social, dentro da família e no mundo que acerca, pois é dessa aprendizagem que a criança é inserida no mundo cultural, simbólico e começa a construir seus conhecimentos e saberes.
As famílias de hoje encontram-se perdidas, não sabendo lidar com situações novas: pais trabalhando fora o dia inteiro, pais desempregados, brigas, drogas, pais analfabetos, pais separados e mães solteiras. Com isso as famílias estão, cada vez mais, transferindo suas responsabilidades para a escola, sendo que, em decorrência disso, presenciamos gerações cada vez mais dependentes e a escola tendo que desviar de suas funções para suprir essas necessidades. A escola se converteu na principal instituição socializadora ocupando uma das funções clássicas da família que é a socialização e, onde meninos e as meninas têm a possibilidade de interagir com iguais e onde se deve submeter continuamente a uma norma de convivência coletiva.
De acordo com o exposto cabe ao psicopedagogo intervir junto à família das crianças que apresentam dificuldades na aprendizagem, por meio , por exemplo, de uma entrevista e de uma anamnese com essa família para tomar conhecimento de informações sobre a sua vida orgânica, cognitiva, emocional e social.
Quando o fracasso escolar não está associado às desordens neurológicas, o ambiente familiar tem grande participação nesse fracasso. Geralmente os problemas encontrados são lentidão de raciocínio, falta de atenção e desinteresse, que precisam ser trabalhados para se obter melhor rendimento intelectual. A escola e o meio social também têm a sua responsabilidade no que se refere ao fracasso escolar.
O vínculo afetivo é primordial para o bom desenvolvimento da criança, pois a família desempenha um papel decisivo na condução e evolução do problema mencionado, muitas vezes, não quer enxergar essa criança com dificuldades, essa criança que está pedindo socorro, pedindo um carinho e que não produz na escola, a fim de chamar a atenção para o seu pedido, a sua carência. Concordamos com Souza quando diz:
... fatores da vida psíquica da criança podem atrapalhar o bom desenvolvimento dos processos cognitivos, e sua relação com a aquisição de conhecimentos e com a família, na medida em que atitudes parentais influenciam sobremaneira a relação da criança com o conhecimento. Souza (1995, p. 58).
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Sabemos que uma criança só aprende se ela tem o desejo de aprender. E para isso é importante que os pais contribuam para que ela tenha esse desejo. As dificuldades na aprendizagem surgem quando a criança não realiza o desejo da família, não sendo bem sucedida na escola, surgindo a frustração e a raiva que acabam colocando a criança num plano de menos valia.
A intervenção psicopedagógica também se propõe a incluir os pais no processo, por intermédio de reuniões, possibilitando o acompanhamento do trabalho realizado junto aos professores. Os pais ocupam um novo espaço no contexto do trabalho, abandonando o papel de meros espectadores, assumindo a posição de parceiros, participando e opinando. É preciso que os pais se impliquem nos processos educativos dos filhos no sentido de motivá-los afetivamente ao aprendizado. O aprendizado formal ou a educação escolar, para ser bem-sucedida não depende apenas de uma boa escola ou de bons programas, mas principalmente, de como a criança é tratada em casa e dos estímulos que recebe para aprender; é preciso entender que o aprender é um processo contínuo e não cessa quando a criança está em casa.
5 Conclusão
No âmbito escolar existem diversas demandas no processo ensino-aprendizagem, para melhor compreendê-los surgiu a psicopedagogia que, comprometida com a transformação desta realidade, utilizando de dinâmicas em sala de aula, junto com os outros profissionais de escola, contemplará a interdisciplinaridade.
O psicopedagogo visando ajudar o aluno a superar os obstáculos que se interpõem ao pleno domínio das ferramentas necessárias à leitura do mundo, envolve a equipe escolar ajudando-a a ampliar o olhar em torno do aluno e das circunstâncias de produção do conhecimento; estimulando o desenvolvimento de relações interpessoais, o estabelecimento de vínculos e a utilização de métodos de ensino compatíveis com as concepções a respeito desse processo.
A interação entre o indivíduo e o meio determina a aprendizagem humana da qual participam os aspectos biológicos, psicológicos e sociais. No que se refere aos aspectos biológicos, a criança apresenta uma série de características que lhe permitem, ou não, o desenvolvimento de conhecimentos. Os aspectos psicológicos são consequências das interações com o ambiente, com a família e com a história individual, o que influenciará as expectativas futuras.
Nesse contexto conclui-se que:
 É importante desenvolver a autoestima da criança estimulando a sua criatividade e saciando as suas curiosidades por meio de descobertas concretas, criando em si uma maior segurança, confiança, tão necessária à vida adulta;
 Faz-se necessário que os pais se impliquem nos processos educativos dos filhos motivando-os afetivamente ao aprendizado. A educação escolar, para ter êxito não depende apenas de uma escola de boa qualidade ou de bons programas, mas, principalmente, dos estímulos que recebe para aprender e de como é tratada em casa;
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 O aprender é um processo contínuo e não cessa quando a criança está em casa.
O psicopedagogo deve saber interpretar e estar inteirado com as mudanças políticas, sociais e culturais para compreender o que acontece nas escolas e no sistema educacional e poder agir e colaborar, preocupando-se com as experiências de aprendizagem sejam prazerosas para a criança e, sobretudo, que promovam o desenvolvimento.
Portanto, a psicopedagogia, entre muitos outros profissionais, pode fazer um trabalho na escola visando a descoberta e o desenvolvimento das capacidades da criança; bem como pode contribuir para que os alunos sejam capazes de olhar esse mundo em que vivem, de saber interpretá-lo e de nele ter condições de intervir com segurança e competência. Assim, o psicopedagogo não só contribuirá com o desenvolvimento da criança, como também contribuirá com uma educação e a evolução de um mundo que melhore as condições de vida da maioria da humanidade.
6 Referências
BOSSA, Nádia. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1994.
BRASIL. Projeto de Lei 10,891. Disponível em: HTTP://www.psicopedagogiaonline.com.br. Acesso em 25 de julho de 2008.
FERMINO, Fernandes Sisto; BORUCHOVITH, Evely; DIEHL, Tolaine Lucila Fin. Dificuldades de aprendizagem no contexto psicopedagógico. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.
IGEA, Benito Del Rincón e colaboradores. Presente e futuro do trabalho psicopedagógico. Porto Alegre: Artmed, 2008.
POLITY, E. Pensamento as dificuldades de aprendizagem à luz das relações familiares. Disponível em HTTP://www.psicopedagogiaonline.com.br. Acesso em 18 de junho de 2005.
SOUZA, Audrey Setton Lopes. Pensando a inibição intelectual: perspectiva psicanalítica e proposta diagnóstica. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1995.